
Morreu na noite desta terça-feira (27), aos 87 anos, o escritor Millôr Fernandes. Humorista, dramaturgo, desenhista, poeta e jornalista, ele faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla de órgãos.
Autor de mais de 40 títulos literários, o cartunista atuou como colaborador de diversos jornais e publicações ao longo dos últimos 60 anos, entre eles "Folha de S. Paulo", "Correio Braziliense", "Jornal do Brasil", "Isto É", "O Estado de S. Paulo", "O Dia" e "Veja".
Como desenhista, com passagem pelo Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro entre 1938 e 1943, expôs seus trabalhos no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro em duas ocasiões. Em 1981, seus trabalhos gráficos foram reunidos em "Desenhos" (ed. Raízes Artes Gráficas).


Conhecido por suas famosas frases e aforismos, o escritor e desenhista Millôr Fernandes morreu na noite desta terça-feira (27), aos 87 anos, no Rio de Janeiro. O UOL reuniu algumas de suas principais tiradas, marcadas pelo humor ácido, ao longo de quase 70 anos de carreira. Confira abaixo as principais.
Todo homem nasce original e morre plágio. |
Não adianta prever males futuros. Batatas apodrecem. |
O aumento da canalhice é o resultado da má distribuição de renda. |
Internet. Aberta pro mundo, alheia ao que a faz. |
Pra acabar com o desemprego, o Planalto tem que, primeiro, acabar com o desentrabalho. |
Fiquem tranquilos os poderosos que têm medo de nós: nenhum humorista atira pra matar. |
Claro, sabemos muito bem que VOCÊ, aí de cima, não tem mais como evitar o nascimento e a morte. Mas não pode, pelo menos, melhorar um pouco o intervalo? |
A diferença entre existir e viver é de dez salário mínimos. |
Celebridade é um idiota qualquer que apareceu no Faustão. |
As mulheres são mais irritáveis porque os homens são mais irritantes. |
Melhor do que dar ao companheiro um peixe é lhe dar um caniço e ensiná-lo a usar o cartão corporativo. |
E no oitavo dia Deus fez o Milagre Brasileiro: um país todo de jogadores e técnicos de futebol. |
O cadáver é que é o produto final. Nós somos apenas a matéria prima. |
Mordomia é ter tudo que o dinheiro - do contribuinte - pode comprar. |
“Pérolas aos porcos” é expressão depreciativa. Exceto no Planalto, onde os porcos adoram pérolas. |
O homem é o único animal que ri. E é rindo que ele mostra o animal que é. |
Baiano só tem pânico no dia seguinte. |
A curiosidade mórbida é a mãe do vidro fumê. |
Ontem, ontem tinha agá, hoje não tem. Hoje ontem tinha agá e hoje, como ontem, também tem. |
Às vezes você está discutindo com um imbecil... e ele também. |
Quando acabarmos de comer o queijo vamos distribuir ao povo todos os buracos. |
O progresso era maravilhoso quando não progredia tanto. |
Tua mulher está sempre fora de si? Não deixa ela voltar. |
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